A avaliação formativa é um tipo de avaliação escolar que se diferencia do modelo tradicional por não ter um caráter classificatório, seletivo. É uma estratégia que busca levantar informações sobre o processo de ensino-aprendizagem para regular as ações de ambos os lados (professor e estudante).
Apesar de tão relevante, esse modelo ainda é pouco utilizado nas escolas brasileiras. Com o objetivo de mudar essa realidade, o Educacional, Ecossistema de Tecnologia e Inovação, produziu esse artigo explicando o que é avaliação formativa e como aplicá-la na sua escola.
Leia até o final para entender o assunto por completo.
O que é uma avaliação formativa?
A avaliação formativa é um tipo de avaliação escolar que busca levantar informações sobre o processo de ensino-aprendizagem para aprimorá-lo. Ela monitora o progresso dos estudantes e identifica suas habilidades, conhecimentos e dificuldades de aprendizagem.
Além de servir como diagnóstico, essa avaliação busca regular o processo de ensino-aprendizagem nos pontos de fragilidade detectados. Ela serve como um feedback tanto para o aluno (a respeito do seu desempenho escolar) quanto para o professor (no que tange à sua metodologia de ensino).
Ao contrário da avaliação somativa, a avaliação formativa é aplicada durante o bimestre letivo, e não ao final dele. Também é desvinculada da atribuição de notas, porque sua intenção não é aprovar ou reprovar os alunos, e sim melhorar a eficácia do processo de ensino-aprendizagem.
Como funciona a avaliação formativa?
A avaliação diagnóstica formativa não é taxativa em relação aos erros, porque se entende que as falhas fazem parte do processo de aprendizagem. Como mencionado anteriormente, ela tem um caráter contínuo: é aplicada ao longo do ano, e não em estágios finais do período letivo.
Ela também é dividida em dois momentos: o diagnóstico e a intervenção. Após a identificação das lacunas de aprendizagem do aluno, o professor deve planejar futuras ações para melhorar o desempenho dos alunos, diferenciando os métodos de ensino.
Ou seja, não adianta corrigir as provas, dar uma nota e seguir para o próximo conteúdo. É preciso explicar aquele mesmo assunto novamente, usando uma metodologia diferente, e focando nas principais dúvidas e dificuldades dos alunos.
Quanto ao formato, a avaliação pode ser quantitativa ou qualitativa, por meio de questionários, resumos, exercícios, redações, seminários ou oficinas.
Cada método avaliativo tem suas vantagens e limitações. O mais recomendado é alternar entre eles, selecionando os formatos mais adequados para cada objetivo de aprendizagem (construção de texto, resolução de problema, consciência socioambiental, entre outros).
Qual é a importância da avaliação formativa?
A importância da avaliação formativa está no seu potencial de correção de rota. Ao realizar avaliações formativas com frequência, a escola pode prever o resultado do final do semestre antes que ele se concretize e fazer o possível para mudar cenários negativos.
“Nosso objetivo deve ser o êxito de todos os alunos e o fracasso de nenhum, e em boa medida o êxito depende de que o aluno disponha da informação necessária a tempo”
– Pedro Morales, autor do livro Avaliação Escolar
Uma instituição que prioriza as avaliações formativas, ao invés das tradicionais avaliações somativas, mostra que está mais interessada em efetivar a aprendizagem do estudante do que em selecionar os alunos que conseguiram aprender.
“O educando não vem para a escola para ser submetido a um processo seletivo, mas sim para aprender, para tanto, necessita do investimento da escola e de seus educadores, tendo em vista efetivamente aprender. Por si, não interessa ao sistema escolar que o educando seja reprovado, interessa que ele aprenda e, por ter aprendido, seja aprovado”
– Cipriano Luckesi, autor do livro Avaliação da Aprendizagem
Quais são as vantagens desse tipo de avaliação?
As principais vantagens da avaliação formativa são:
- fornecimento de feedback para os alunos e professores a tempo de mudarem suas práticas e reverterem cenários negativos;
- aprimoramento constante do processo de ensino-aprendizagem;
- redução das defasagens de aprendizagem e, consequentemente, da taxa de reprovação;
- potencial de motivar os estudantes, valorizando seus acertos e progressos;
- melhoria do relacionamento entre aluno e professor, mostrando um real interesse na efetivação da aprendizagem, e não em medir, comparar, julgar ou classificar os estudantes;
- favorecimento do protagonismo e da responsabilidade dos alunos com relação à própria aprendizagem, ao mostrar quais caminhos eles devem percorrer para desenvolver seus conhecimentos e habilidades.
Como elaborar uma avaliação formativa?
Para realizar uma avaliação formativa, o professor deve selecionar um instrumento avaliativo (como, por exemplo, o seminário) e decidir a forma como ele será aplicado.
Nesse planejamento, é preciso ter clareza dos objetivos de aprendizagem que foram trabalhados anteriormente, ao longo das aulas e atividades escolares, e que agora serão avaliados. A coerência entre os objetivos, métodos de ensino e instrumentos avaliativos é fundamental.
Outro ponto importante é a remediação. Após a correção das avaliações, é preciso definir e aplicar intervenções pedagógicas, a fim de tratar as dificuldades de aprendizagem encontradas, antes de seguir adiante com o cronograma.
Durante todo o processo, o docente deve manter uma postura acolhedora, que mostre interesse em auxiliar o estudante. O diálogo entre professor e aluno precisa ser aberto a feedbacks, buscando a melhoria de ambos os lados.

Como você viu, o diferencial da avaliação formativa não está no formato de aplicação, e sim na estratégia de remediação após o resultado.
Nesse sentido, é interessante utilizar instrumentos avaliativos acurados, que gerem dados assertivos sobre a aprendizagem dos estudantes, a fim de facilitar o planejamento das intervenções pedagógicas.
Ter à disposição da escola um acervo de conteúdos didáticos, em diversos formatos e com o emprego de diferentes metodologias, também é bastante oportuno.
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