A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê várias competências que os estudantes devem desenvolver ao longo da Educação Básica. Entre elas, estão as competências digitais, que são conhecimentos, habilidades, atitudes e valores relacionados ao universo digital.
Além dos alunos, os professores também precisam ter certas competências para ensinar os alunos com e sobre tecnologia. Leia até o final para descobrir quais conhecimentos sua instituição deve promover.
Competências digitais previstas pela Política Nacional de Educação Digital
O Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) elaborou um currículo de referência para orientar as escolas na educação digital. O documento traz vários conhecimentos, competências e habilidades relacionadas à tecnologia.
Confira abaixo as principais competências digitais que as escolas precisam trabalhar com os alunos:
1. Pensamento computacional
O pensamento computacional é definido pela Política Nacional de Educação Digital como a capacidade de compreender, analisar e automatizar problemas complexos para encontrar soluções de forma metódica, com a aplicação de conhecimentos da computação.
Ele tem um papel importante na melhoria da criatividade e do senso crítico em diversas áreas do conhecimento.
Propostas de diversos autores sobre esse tema resultaram no que chamamos de “Quatro Pilares do Pensamento Computacional”, composto por:
- decomposição (quebrar um problema complexo em pedaços menores, mais fáceis de administrar);
- reconhecimento de padrões (analisar individualmente cada um dos problemas menores, com maior profundidade, identificando problemas em comum que já foram solucionados antes);
- abstração (focar apenas nos detalhes importantes e ignorar as informações irrelevantes);
- algoritmos (criar regras simples para resolver cada um dos problemas encontrados).
O pensamento computacional pode ser fortalecido na escola por meio de algumas tecnologias educacionais, como blocos de construção e placas de programação. Conheça as soluções LEGO® Education e Inventura!
2. Hardware e Software
Dois conceitos super importantes para a educação digital: hardware e software. Enquanto o primeiro é a parte física do computador, o segundo é a parte intangível e lógica do dispositivo.
O software consiste em programas, aplicativos e sistemas operacionais, que dizem ao hardware o que fazer. Já o hardware diz respeito aos componentes físicos do dispositivo, como mouse, teclado, monitor e processador.
Esses dois conhecimentos são imprescindíveis aos estudantes, para que eles compreendam o funcionamento das máquinas.
3. Comunicação e redes
Outro pilar da educação digital é “comunicação e redes”. Ele envolve os fundamentos da Internet, a segurança da informação, o funcionamento das redes sem fio e com fio, mecanismos de busca, criptografia e armazenamento na nuvem.
Tem uma relação mais próxima com as aulas de Informática, por ter um perfil mais técnico.
4. Cultura digital
Já a cultura digital se refere à participação consciente e democrática das pessoas por meio das tecnologias digitais. Ela pressupõe a compreensão dos impactos da revolução digital na sociedade e a construção de uma atitude crítica, ética e responsável em relação às tecnologias.
A cultura digital também se relaciona com o letramento digital, pois exige que o usuário saiba ler e escrever fluentemente em dispositivos digitais.
Essa competência parece a mais alinhada com a quinta competência geral da Educação Básica citada na BNCC:
“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”
Base Nacional Comum Curricular
5. Direitos Digitais
Dentro da cultura digital, encontramos o conceito de cidadania digital, que corresponde aos direitos e deveres do usuário no universo digital.
Essa competência envolve:
6. Letramento digital
O letramento digital é a capacidade de ler e escrever fluentemente com o uso do computador e demais dispositivos digitais. Envolve tanto o uso dos equipamentos quanto a análise crítica das informações, a habilidade de se comunicar em diversos formatos.
O estudante deve aprender, por exemplo, a escrever textos online, produzir imagens, gravar áudios e pesquisar informações na Internet.
7. Tecnologias assistivas
O último conhecimento essencial na esfera das competências digitais é o entendimento sobre tecnologias assistivas. Essas tecnologias são produtos, recursos e serviços que buscam promover a inclusão de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Compreender o funcionamento desses recursos e utilizá-los na escola, no âmbito da Educação Especial, é uma das melhores formas de usar a tecnologia na educação.
Com a inserção desse tema na sala de aula, os alunos são encorajados não apenas a respeitar as diferenças e tomar consciência das tecnologias atuais para inclusão, como também a criar novas soluções para o futuro.
Um exemplo de tecnologia assistiva é a Mesa Educacional. A solução facilita a alfabetização de todas as crianças, inclusive aquelas com deficiência auditiva ou visual, de forma lúdica e interativa.
Competências digitais para os professores
A Matriz de Competências Digitais Profissionais de Professores, elaborada pelo CIEB, traz uma série de competências digitais para os docentes. Abaixo, reunimos as principais:
Uso pedagógico da tecnologia
O professor deve ser capaz de incorporar a tecnologia nas experiências de aprendizagem dos alunos e nas suas estratégias de ensino. Por exemplo, utilizar plataformas de aprendizagem em sala de aula.
O docente também precisa utilizar ferramentas digitais para avaliar e acompanhar o progresso dos alunos, como testes online e dashboards de dados.
Análise de dados
Aliada à avaliação, a análise de dados é fundamental para o professor contemporâneo. Ele precisa saber interpretar os dados de desempenho dos alunos para tomar decisões pedagógicas, inclusive com a ajuda da Inteligência Artificial.
Essa competência está relacionada com o Learning Analytics, uma das áreas da tecnologia educacional que mais vem crescendo.
Personalização do ensino
A tecnologia digital permite a personalização do ensino de acordo com as necessidades de cada estudante. O docente deve ser capaz de utilizar essas ferramentas, visando maior eficiência no processo de aprendizagem.
Um exemplo de tecnologia que personaliza o ensino é a plataforma adaptativa Aprimora.
Curadoria e criação de conteúdo
O Cieb também orienta que os professores saibam selecionar e criar recursos educacionais digitais, como videoaulas, games e slides. Esses recursos tornam a aula mais atrativa para os estudantes e favorecem a gestão da sala de aula.
Comunicação
O docente deve utilizar as tecnologias digitais para se comunicar ativamente e eficientemente com os demais professores, gestores, estudantes e pais ou responsáveis.
Essa comunicação é valiosa para o relacionamento da escola com as famílias e também para a troca de experiências entre educadores.
Como o Educacional ajuda as escolas no desenvolvimento de competências digitais?
O Educacional, Ecossistema de Tecnologia e Inovação, desenvolve diversas soluções educacionais para escolas do Brasil e do mundo, combinando tecnologia, conteúdo de qualidade e metodologias atualizadas de ensino.
O objetivo é promover uma aprendizagem significativa para os estudantes, englobando competências digitais e habilidades do século XXI, como:
- pensamento computacional;
- robótica;
- programação;
- resolução de problemas;
- comunicação;
- criatividade;
- inteligência emocional;
- colaboração e trabalho em equipe.
Também apoiamos o desenvolvimento de competências digitais dos professores, por meio do programa Embaixadores da Inovação. No programa, trabalhamos os conceitos da Educação 4.0, robótica, cultura maker e aprendizagem ativa.
Precisa de ajuda para explorar as competências digitais na sua escola? Entre em contato com um dos consultores do Educacional para conhecer as soluções mais indicadas para sua instituição das para sua instituição.
